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Via Anchieta é liberada após protesto de professores estaduais de São Paulo

Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 09/04/2015 - 18:33
São Paulo

Durou cerca de uma hora a interdição do sentido capital da Via Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), pelos professores paulistas em greve. Eles querem que o governador Geraldo Alckmin abra negociações com a categoria. Amanhã (10), o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) faz nova assembleia geral em frente ao Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi. Às 18h, formaram-se filas do Km 25 ao km 20, informou a concessionária Ecovias.

Os organizadores estimam que 400 pessoas participaram do ato, que teve início por volta das 14h, na Praça Brasil, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Bernardo. O protesto reuniu professores da região do ABC Paulista. Por volta das 16h30, eles seguiram em caminhada para a rodovia. A Polícia Militar (PM) estima que 100 professores participaram da manifestação.

Além da Anchieta, a Apeoesp bloqueia outras rodovias do estado. Segundo a diretora da Apeoesp, Vera Lucia Zirnberger, a categoria está em greve há 27 dias, mas ainda não foi chamada para negociar. “Não existe nenhum posicionamento do governo. Diante disso, temos que tomar atitudes mais radicais para ver se eles reconhecem esta greve.”

Os professores pedem aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias de nível superior no estado e reivindicam que o bônus concedido com base no rendimento dos profissionais seja convertido em reajuste salarial.

“Além da valorização profissional, nós queremos a qualidade do ensino público. Por isso, tem também a questão da parte estrutural e de serviços da educação”, disse Vera Lucia. Nesse sentido, os professores pedem a reabertura de salas fechadas e que haja no máximo 25 alunos por turma.

A Agência Brasil procurou a Secretaria Estadual de Educação, mas não houve retorno até a publicação da reportagem.