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Grama sintética é desafio para jogadoras brasileiras na Copa

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Iara Falcão
08/06/2015 - 09:58
Montreal, Canadá

Os terrenos de grama sintética são um dos desafios a serem enfrentados pelas jogadoras brasileiras na Copa do Mundo de Futebol Feminino da Fifa, que começou no sábado (6) no Canadá. A avaliação é da atacante Cristiane, que participa do torneio pela quarta vez.

 

Sonora: “Acredito que a gente vai ter um pouco de dificuldade com a grama sintética, já que a gente não treinou todo esse tempo em grama sintética. É diferente – batida da bola, velocidade. Então, eu acho que o nosso adversário aí talvez seja o terreno sintético”,

 

No primeiro treino em campo, realizado no sábado no Estádio de Soccer de Montreal, as jogadoras brasileiras experimentaram a grama artificial. Para a zagueira Jéssica, estreante em Copa do Mundo, a experiência foi difícil. 

 

Sonora: "Senti um pouco como se estivesse andando de salto em grama. É um pouco difícil."

 

Ontem no segundo treino da equipe, no campo do Complexo Multiesportivo de Laval, cidade da região metropolitana de Montreal, a meio campo Andressinha também reclamou da diferença de piso.

 

Sonora: "A gente está treinando mais para sentir mesmo o campo, porque muda bastante. A bola prende mais, então a gente está se acostumando. Ela muda um pouco de direção, acaba enganando a gente". 

 

Já no segundo semestre do ano ado, os pisos de grama sintética foram motivos de um processo na Justiça canadense movido por jogadoras renomadas, entre elas a brasileira cinco vezes melhor do mundo, Marta, contra a Fifa e a Associação Canadense de Futebol.

 

O grupo pedia o direito de jogar em gramado natural durante a Copa do Mundo e alegava que a decisão das entidades organizadoras de realizar o torneio usando grama artificial nos seis estádios era uma medida baseada em discriminação de gênero, afinal, nenhuma Copa do Mundo de futebol masculino foi jogada integralmente em terreno de grama artificial. Mas, no fim, as jogadoras desistiram da ação. 

 

O diretor geral da Copa em Montreal, Francis Millien, diz que foi o Canadá que pediu para que a Copa fosse feita com o uso de gramado sintético. E a qualidade dos campos da grama sintética foi, segundo ele, uma das principais preocupações da Fifa. 

 

Para a zagueira Mônica Hickmann, o gramado sintético não deve ser um problema.

 

Sonora: "É diferente, é um campo totalmente diferente do que a gente está acostumado no dia a dia. Mas acredito que com o tempo a gente vai se acostumando, a cada jogo a gente vai evoluindo. Talvez depois do primeiro jogo a gente se sinta mais confortável. Mas nada que vá nos atrapalhar na preparação". 

 

A Seleção Brasileira de Futebol Feminino está no grupo E. Em Montreal, enfrenta a Coreia amanhã e a Espanha no dia 13. Depois segue para Moncton, onde joga contra Costa Rica no dia 17. 

 

E mais: TV Brasil transmite Copa do Mundo de Futebol Feminino

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