logo Radioagência Nacional
Geral

Fenaj registra 376 casos de agressões a jornalistas e veículos em 2022

Baixar
Carolina Pessoa - Repórter da Rádio Nacional
25/01/2023 - 15:24
Rio de Janeiro

Uma realidade que chama a atenção dos comunicadores brasileiros. Em 2022 foram registrados 376 casos de agressões a jornalistas e veículos de comunicação, o que equivale a praticamente um caso por dia. Os dados são de um relatório divulgado nesta quarta-feira (25) pela Fenaj, a Federação Nacional dos Jornalistas.

De acordo com o estudo, os números, apesar de elevados, são menores que os de 2021, ano recorde desde o início da série histórica dos levantamentos feitos pela Federação, quando foram registrados 430 casos. O relatório também aponta que a descredibilização da imprensa foi a violência mais frequente. E que houve crescimento de 133,33% nas ocorrências de ameaças, hostilizações e intimidações a jornalistas, com 77 casos, e aumento de 88,46% nas agressões físicas, com 49 registros. 

O relatório ainda destaca o brutal assassinato do jornalista britânico Dom Phillips, em uma emboscada, junto com o indigenista Bruno Pereira, em Atalaia do Norte, no Amazonas. E aponta que as agressões diretas a jornalistas tiveram crescimento em todas as regiões do país, sendo o maior número no Centro-Oeste e as de menor número o Nordeste e o Sul. O Distrito Federal é o líder, com 30,57% dos registros, o que equivale a 88 casos.

De acordo com Samira de Castro, presidenta da Fenaj, esses resultados podem ser explicados pela tensão política no país. 

“A sociedade a nesse momento de tensionamento político a questionar as instituições estabelecidas. A imprensa é uma dessas instituições. Então a gente precisa de um discurso institucional que valorize o jornalismo profissional a partir de agora, para poder a própria sociedade entender, que quando ela agride um jornalista ela está retirando dela mesma o direito de ser informada”. 

Samira de Castro também aponta meios para reverter a situação.

“É preciso campanhas de sensibilização, é preciso a própria instalação do Observatório Nacional da Violência contra o Jornalistas, um protocolo nacional de segurança com as forças policiais porque também são forças agressoras da imprensa. E a partir de tudo isso a sociedade voltar a compreender que o jornalismo é sim uma forma de conhecimento imediato da realidade e que estabelece um direito humano, que é você ser informado e poder saber da sua realidade imediata a partir do trabalho das repórteres, dos repórteres, enfim, de todos os jornalistas”.

Ainda de acordo com Samira, os jornalistas não devem naturalizar as agressões sofridas. E precisam procurar imediatamente os órgãos de proteção ao serem vítimas de algum tipo delas.

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Escolha sua manifestação em apenas um clique.

Denúncia Reclamação Elogio Sugestão Solicitação Simplifique

Você será direcionado(a) para o sistema Fala.BR, mas é com a EBC que estará dialogando. O Fala.BR é uma plataforma de comunicação da sociedade com a administração pública, por meio das Ouvidorias.

Sua opinião ajuda a EBC a melhorar os serviços e conteúdos ofertados ao cidadão. Por isso, não se esqueça de incluir na sua mensagem o link do conteúdo alvo de sua manifestação.

Clique aqui para mais informações sobre a Ouvidoria da EBC.

x

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.