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Comércio de Porto Alegre busca recuperação após um ano das enchentes

Lojistas reclamam que faltam clientes
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Gabriel Brum - repórter da Rádio Nacional
24/04/2025 - 14:59
Porto Alegre
Porto Alegre (RS), 22/04/2025 – Vista geral do Mercado Municipal de Porto Alegre. A um ano o estado foi atingido por temporais que afetou mais de 400 municípios gaúchos, tiveram bairros inteiros alagados. A ,maior tragédia climática da história, deixou pelo menos 147 mortos e afetou mais de 2,1 milhões de pessoas.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
© Joédson Alves/Agência Brasil

Após um ano das enchentes históricas, a Páscoa foi um ponto de virada para alguns comerciantes no centro histórico de Porto Alegre. Na região do Mercado Municipal, a área ficou alagada por cerca de um mês. Ainda é possível ver marcas até a onde a água chegou nas paredes dos prédios.

No Mercado, a inundação atingiu 1,5 metro de altura. Os prejuízos foram enormes. A Adriana Kauer, dona de uma loja de artigos para confeitaria, conta que no dia da enchente, conseguiu salvar parte da loja, mas as perdas foram altas, cerca de R$ 600 mil. Um terço desse valor ainda está sendo pago. Após ajudar confeiteiras que são clientes dela a voltarem a trabalhar, Adriana diz que a Páscoa foi um momento de recuperação, mas os efeitos da enchente não acabaram.

Segundo o presidente da associação de permissionarios do Mercado municipal, Rafael Sartori, o número de lojistas não diminuiu após a tragédia, mas os visitantes é que ainda não voltaram completamente.

Quem voltou foi a dona Vera Regina dos Santos, que mora em Nova Araçá, e estava entrando no mercado pela primeira vez depois da reabertura pós-enchente.

Na frente do mercado, fica a praça Quinze de Novembro. Ali, uma farmácia perdeu praticamente tudo com a água. Agora, depois da Páscoa, está vendendo mais que em abril do ano ado, conta o gerente Marcelo Souza.

Também na praça, o Marcellus Gomes, dono de uma lanchonete, ainda não vê essa recuperação.

Segundo a Fecomercio do Rio Grande do Sul, com dados dos IBGE, após as enchentes, o comércio encolheu mais de 14% até dezembro do ano ado no estado. A atividade comercial se manteve nesse patamar até fevereiro deste ano.

As enchentes deixaram 183 mortos. Vinte e sete pessoas seguem desaparecidas até hoje no estado.

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