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Justiça

STF rejeita recurso e mantém condenação da deputada Carla Zambelli

Pela decisão, cumprimento da pena de prisão a a ser imediato
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Gésio os - Repórter da Rádio Nacional*
06/06/2025 - 17:04
Brasília
Brasília (DF) 23/04/2024  Deputada Carla Zambelli durante coletiva na Câmara dos Deputados. Foto Lula Marques/ Agência Brasil
© Lula Marques/ Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o recurso da defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), e manteve a condenação dela por invasão dos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O julgamento começou nesta sexta-feira (6) pela manhã, em sessão virtual da Primeira Turma do STF. Os ministros seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes, e rejeitaram o pedido da defesa da parlamentar.

Cumprimento imediato da pena

Moraes considerou que a solicitação tinha caráter meramente protelatório, ou seja, buscava atrasar o fim definitivo do julgamento. Pela decisão, o cumprimento da pena de dez anos de prisão a a ser imediato, sem necessidade de publicação do acordão do julgamento.

Os ministros também negaram o recurso do hacker Walter Delgatti, que confessou ter entrado no sistema do CNJ e indicou a deputada como mandante. Assim, o pedido de prisão preventiva de Carla Zambelli, decretada por Moraes na quarta-feira (4), deve ser convertido em prisão para cumprimento da pena.

A decisão ainda prevê a perda imediata do mandato de deputada, de acordo com a jurisprudência do Supremo. Mas para que isso aconteça ainda é preciso de um ato declaratório da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. 

Deputada está na lista da Interpol

Nesta quinta-feira (5), a Câmara autorizou a licença de 127 dias solicitada por Zambelli. O pedido de licença foi feito antes da decisão de prisão preventiva pelo Supremo. Carla Zambelli ou a constar na lista de procurados da Interpol, a Polícia Internacional, e pode até ser presa fora do país, já que está foragida da justiça.

Zambelli chegou afirmar em entrevistas que buscaria asilo nos Estados Unidos ou na Itália, país que tem a dupla-cidadania. Em nota, a deputada alega que está sendo perseguida e que a decisão não poderia ter sido tomada de forma monocrática por Alexandre de Moraes, que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

* Com informações da Agência Brasil.

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