Brasil aposta em evolução do arco paralímpico para Tóquio, diz técnico
O Brasil disputa sua primeira Paralimpíada no tiro com arco de olho em Tóquio 2020. Esta é a avaliação do técnico da equipe brasileira, André Xavier, que acompanhou neste sábado (10) a disputa de qualificação dos atletas, que serão ranqueados para a competição que começa no domingo (11), no Sambódromo.
“Nós fomos um dos países que mais evoluiu no período pré-olímpico. A perspectiva do futuro é muito boa para a gente. Temos alguns projetos dentro das federações e uma seleção brasileira bem jovem, na média de 26 anos, atletas que estão em sua primeira paralimpíada. Dentro de quatro anos nós teremos uma nova oportunidade e estamos crescendo muito ", disse.
Xavier destacou China, Polônia e Coréia como países mais fortes. Porém, ele acredita que os atletas brasileiros têm condições de conquistar uma medalha. “O nível é muito alto. Mas nós vamos dar o máximo no combate. Estamos em casa e a torcida ajuda muito. Quem sabe podemos beliscar uma medalha.”
Um dos atletas brasileiros é Francisco Cordeiro, que começou a praticar tiro com arco depois de um acidente de carro em 2009 que o deixou com mobilidade reduzida nas pernas. Segundo ele, o esporte foi fundamental para lhe tirar de uma depressão profunda.
“Hoje dei o meu melhor, mesmo nervoso e com as condições de vento desfavoráveis. Eu sofri um acidente e queria fazer algum esporte. Comecei no arco por lazer e agora estou aqui. O esporte representou tudo para mim. Eu estava bem deprimido e o esporte mostrou que a vida é bem maior que os nossos problemas. Não é a deficiência que vai me limitar”, disse Francisco.
